quinta-feira, maio 29

Olhar sobre um olhar….Augusto Cabrita




Olhar sobre um olhar….Augusto Cabrita

“O prólogo da minha volta de todos os dias é exercitar o olhar através da janela do meu quarto, mal ensaio os meus primeiro golpes de vista, sinto que já ganhei o mais belo prémio do mundo: tenho o Tejo a minha frente.”

O projecto de execução das peças subentende uma abordagem sobre obra do Augusto Cabrita, não salientando o homem em si mas sim dando a conhecer a visão do artista os seus gostos os seus fascínios.
Uma abordagem sobre o seu trabalho plástico vinculando o seu fascínio pelo rio e pela observação do mesmo, assim como da outra margem do Tejo.
Criam-se então algumas peças que sendo elas mesmas um elogio ao homem e a sua profissão criando uma ponte plástica entre aquilo que era o seu campo de trabalho (entenda-se aqui o cinema e a fotografia), e a ligação ou jogo entre uma realidade que o fascinava observar (o rio Tejo as gaivotas e a outra margem).
A criação dos objectos subentende um jogo plástico ou formal mas também funcional, visto que as peças de uma forma estratégica tentam levar o observador a procurar nelas algo, a observar algo através das mesmas, estão direccionadas para um ponto especifico, levando o observador a visionar através delas algo, esse algo é nada mais que um local especial ou locais especiais que Augusto Cabrita fazia referencia ou mostrava ter fascínio especial.
Através da observação desses pontos é dado ao observador a hipótese de ver através dos olhos do artista um determinado espaço.
Um olhar através do seu olhar….

Propõe se então a criação de quatro peças/objectos onde se inscreva a direcção ou a orientação do observador sobre estes espaços/locais.

incompleto