quinta-feira, maio 9

Candeeiro - Flor de Lotús


   São Lótus sublimes, de flores formosas
Da mística beleza, lindas, ornamentadas
Das cores vivas, vivas, esplendorosas
Nascidas das preces, lindas, agraciadas

É Flor de Lótus, singela e deslumbrante
Luzes das almas, na terra que aparece
Dos êxtases búdicos, etéreo e cintilante
Adorna teu corpo, divino, fulcro celeste
Vejo-te, excelsa nas graças e advindas
Das plenitudes, que em graça ora aparece
Nascida de flores sublimes, e que tão lindas
Que em tua alma transborda e te reveste

E assim te vejo florida e tão gloriosa
Envolta em Lótus, que tua beleza emana
Luzindo n’alma, de luz esplendorosa
No êxtase bendito sutil do teu Nirvana!
  
Antônio Lídio Gomes do Blog “Vozes de minha Alma”    Material: Garrafão de vidro e abajour de tecido
Técnica: Tinta sobre tecido

segunda-feira, maio 6

À lareira...

MEDITAÇÃO

A vida não é um sonho,
mas como viver sem sonhar?
Que fazer do amor
que nasce no âmago e não pode viver?
Que fazer da alegria,
que um dia nos sorria,
agora no silêncio das noites vazias,
sem prantos, sem lágrimas,
os soluços não encontra, para desabafar?

Que fazer do sufoco, do grito sem eco,
que se estende ao infinito para nada buscar?

Que fazer da dor, que não se pode sentir,
porque os laços são frágeis
e fáceis demais de se desatar?

Que fazer da saudade
de momentos de ternura,
nos quais se oferece
por pura necessidade
de se dar?
Técnica: Tinta da china e carvão sobre tela
Dimensões: 60x50 cm

quinta-feira, maio 2

Bailado




 A sensualidade de um corpo humano ao sabor de notas musicais ...
Conotando toda a musica de um gesto não somente sonoro e audivel...
A composicao de um corpo em formas quase impossiveis de reproduzir, transformando-se essa forma noutra forma, ondulando e retrocendo o corpo num instante, num momento de suspenção onde a musica é forma e o corpo é metafora...








Técnica: tinta da china e carvão sobre as telas
Dimensões: 2 Telas - 40x90 cm cada

segunda-feira, abril 29

Brincos...

















Material: Prata e Ouro

...amor é isso!


Havemos de descansar. Sim. Descansar
Deixar de turbilhão a vida à porta
Como maré só de ida. Devagar
Que o amor se faz paixão, mesmo morta
Quando pára cansada, de madrugada
Por entre gritos e segredos de tudo e nada
Por dentro de mim na saudade de ti
Por certo sem rumo, sem aqui ou ali
Por força da Natureza que em nós se faz
Havemos de descansar. Sim. Mesmo sem paz...

Havemos de nos ver. Sim. De nos ver
Partir da terra à proa nos ventos
Como tempestades de carinho. Nascer
Que a paixão se faz amor, nos momentos
Quando adormece, se esquece
Por entre as noites em que tudo nos aquece
Por dentro da dança que se faz canção
Por certo sem medo, sem compromisso
Por força dos sonhos que nunca temos em vão
Havemos de nos ver. Sim. Porque amor é isso! 

(Poema de Pedro Branco in Das palavras que nos unem)

sexta-feira, abril 19

Alfinete Cloisonné

Alfinete com aplicação de técnica de cloisonné

Matéria: Prata e resina epóxica com pigmentos
  

Anseio

Oh, quem me dera embalado
Nesse berço vaporoso,
Nuvens do céu azulado...
Onde os meus olhos repouso
Já de tanto olhar cansado!

De tanto olhar à procura
De um bem que o fosse deveras;
De uma paz, de uma ventura
Dessas venturas sinceras,
Se as pode haver sem mistura.

Mas há, sem dúvida: creio
Neste desejo entranhável!
Há-de haver um rosto, um seio
De amor e gozo inefável
Donde mesmo este amor veio!

Este amor que a vós me prende,
Nuvens do céu azulado!
E a vós, lâmpadas que acende
Depois do Sol apagado
Quem... de Quem tudo depende!

João de Deus, in 'Campo de Flores'


terça-feira, abril 2

Anel de pedra em bruto












Material: Prata e pedra em bruto (Água marinha)
Disponibilidade: Em venda






 O Amor Quando Se Revela (Fernando Pessoa)


O amor, quando se revela,
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.

Ah, mas se ela adivinhasse,
se pudesse ouvir o olhar,
e se um olhar lhe bastasse
pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar...

segunda-feira, abril 1

Aliança de recortes - Libelinha

Material: Prata
Disponíbilidade: Vendido

A LIBELINHA (Goethe) 


Sobre a corrente esvoaça
a libelinha inconstante;
Vejo-a, sigo-a e tempo passa.
Ora escura, ora brilhante,
É como um camaleão:
Rubra, azul, verde, num instante
Perde as cores e as recupera;
Essas cores, ai! quem me dera
Vê-las bem aqui na mão!
Zumbe a adeja buliçosa,
Até que num salgueiro pousa.
Caço-a, mas das cores que havia,
Vejo, ao vê-la atentamente,
Um tristonho azul somente...